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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Reflexão

Os Pecados dos nossos Pensamentos II


Dando continuidade sobre os artigos “Os pecados dos nossos pensamentos”, citei no artigo anterior que 3 coisas precisam ser consideradas quando tratamos deste assunto, a saber: A Sugestão, a Deliberação e o Consentimento!

Geralmente – mas isso não é regra – estes 3 tipos de ações que se passam em nossos pensamentos seguem exatamente a ordem citada a cima.

Santo Afonso Maria de Ligório nos ajuda a entender como funciona estas 3 açõ­es em nossos pensamentos:

1 – Sugestão: Sob a palavra sugestão entende-se o primeiro pensamento que nos incita a praticar o mal que nos vem à mente. Esta instigação ou incitamento ainda não é pecado; se a vontade a repele imediatamente, é mesmo uma fonte de merecimentos. “Para cada tentação a que opuseres resistência, se te deverá uma coroa”, diz Santo Antão. Até os Santos foram perseguidos por tais pensamentos. São Bento revolveu-se sobre os espinhos para vencer uma tentação impura, e São Pedro de Alcântara lançou-se em um poço de água gelada.

São Paulo nos informa que também ele foi tentado contra a pureza: “E para que a grandeza das revelações não me ensoberbece, foi-me dado um espinho em minha carne, um anjo de satanás para me esbofetear” (2 Cor 12, 7). O Apóstolo suplicou várias vezes ao Senhor que o livrasse desse inimigo: “Por essa causa roguei ao Senhor três vezes que o afastasse de mim”. O Senhor não quis, porém, dispensá-lo do combate, e respondeu-lhe: “Basta-te a minha graça”. E por que não queria o Senhor livrá-lo? Para que adquirisse maiores méritos por sua resistência à tentação: “Porque a virtude se aperfeiçoa na fraqueza”. São Francisco de Sales diz que: “Quando um ladrão procura arrombar uma porta, é porque não está ainda dentro da casa; assim também, quando o demônio tenta uma alma, é porque se acha ela ainda na graça de Deus.”

Santa Catarina de Sena foi uma vez horrivelmente atormentada pelo demônio, durante três dias, com fortes tentações impuras. Apareceu-lhe então o Senhor para consolá-la, e ela perguntou-lhe: – Mas onde estivestes Senhor meu, durante estes três dias? Jesus respondeu-lhe: Dentro do teu coração, dando-te força para resistires à tentação. E o Senhor deu-lhe a conhecer que o seu coração estava, depois da tentação, mais puro que antes.

Penso que ficou bem claro o que seria a SUGESTÃO em nossos pensamentos! A SUGESTÃO pode provir da nossa própria concupiscência ou então do demônio que quer depois de nos SUGERIR, fazer com que nos DELEITEMOS e CONSINTAMOS no pecado que foi sugerido no inicio!

Por isso a importante dica que nos dá Sto. Afonso logo no inicio de sua explicação: Quando estes primeiros pensamentos que nos incite para qualquer tipo de mal começarem a surgir em nossa mente, precisamos imediatamente REPELI-LO, afasta-lo de nossos pensamentos. Pedir que Jesus ajude você a afastar estes tipos de pensamentos que estão surgindo! Eficácia muito grande é nestes momentos clamar o Santo nome de Jesus e da Virgem Maria!

Meu querido e minha querida, se você quiser sair desta luta que você enfrenta nos seus pensamentos vitorioso, você não pode permitir que estes pensamentos ganhem força dentro de você sem que você peça o auxilio do céu! E digo mais, se estes pensamentos que surgirem em sua mente forem de cunhos sexuais, mais rapidamente será necessário que você clame o Santo nome de Jesus; pois pensamentos com conteúdos sexuais costumam trazer consigo o prazer da carne, o prazer do momento; costumam serem bons no inicio, e depois trazem consigo todo o amargor próprio do pecado!
Esta atitude de logo repelir tais pensamentos sugeridos em sua mente também vem do auxílio do Espírito Santo, com a ajuda de um dom carismático chamado Discernimento dos espíritos. Dom este que é a ação da luz de Deus em nós, nos ajudando a enxergar da mesma maneira que Deus enxerga determinada situação; é luz de Deus que nos ajuda a distinguir o que é bom do que é mal, o que vem de Deus, e o que o que não vem de Deus! Em outro momento trarei com um pouco mais de detalhes sobre este carisma!

O importante agora é que você então peça ao Senhor este Carisma e diante dos pensamentos que serão sugeridos a você, imediatamente chame por Jesus e pela Virgem Maria!

Reflexão

Os Pecados dos nossos Pensamentos I


É preciso que estejamos atentos à maneira como o demônio se aproxima de nós, e qual o meio que ele tem se utilizado para nos tentar e fazer – nos cair em pecado.

Nos dias de hoje e pelo contato que tenho tido com as pessoas que vem em busca de ajuda, tenho percebido que de maneira especial o demônio tem se utilizado para fazer-nos cair a nossa própria carne, e atacando de maneira direta a nossa pureza!

O meio que ele tem encontrado para atacar a nossa carne e a nossa pureza são: Os nossos pensamentos, os nossos olhos e o nosso coração!

Quero neste artigo partilhar um pouco mais o que tenho aprendido e experimentado a respeito dos nossos pensamentos! Terei que dividi – lo em algumas partes por se tratar de um assunto delicado e que exige antes de tudo alguns pontos a serem um pouco mais detalhados.

Como é grande por vezes a luta em que travamos contra nossa carne por causa dos nossos pensamentos! Por vezes não é nem mesmo nossa intenção pensar em algo que vem a nossa mente, mas ele surge, às vezes com tamanha força e intensidade que não conseguimos lutar contra eles e nos deixamos arrastar para aquilo que estes pensamentos nos sugerem!

O dom da Castidade que como nos ensina o Catecismo no número 2337 é: “A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual.” É este o dom que nos ajudará a combater as tentações contra nossa pureza através dos maus pensamentos! A Castidade nos ajuda na maneira correta de utilizamos os nossos pensamentos, desejos e ações.

São Carlos Borromeu nos ensina que: “É impossível que te conserves casto, se não vigiares continuamente sobre ti mesmo, pois a negligência traz consigo mui facilmente a perda da castidade”.

Primeiro ponto importante então que devemos notar é que não conseguiremos ser castos, sermos puros em nossos pensamentos, se não estivermos atentos a nós mesmos, aos nossos impulsos, as nossas reações, e aqui em questão se não estivermos atentos aquilo que temos alimentado em nossos pensamentos! São Carlos Borromeu ainda diz que a negligência faz com que percamos a castidade. Negligência nada mais é do que a falta de cuidado ou de aplicação à uma determinada situação ou tarefa! Um sinônimo que cabe bem à negligência pode ser DESCUIDO!!

Se então é necessário cuidado aos nossos pensamentos, é necessário que os VIGIEMOS constantemente. A respeito dos pensamentos, Santo Afonso Maria de Ligório nos ensina em seu Tratado sobre a Castidade, que podemos cair em um duplo engano:

a) Almas que temem a Deus e não possuem o dom do discernimento e são inclinadas aos escrúpulos, pensam que todo mau pensamento que lhes sobrevêm é já um pecado. Elas estão enganadas, porque os maus pensamentos em si não são pecados, mas só e unicamente o consentimento neles. A malícia do pecado mortal consiste toda e só na má vontade, que se entrega ao pecado com claro conhecimento de sua maldade e plena deliberação de sua parte. E, por isto, Santo Agostinho ensina que não pode haver pecado onde falta o consentimento da vontade.

Por mais que sejamos atormentados pelas tentações, pela rebelião de nossos sentidos, pelas comoções ou sensações desregradas de nossa natureza corpórea, não existe pecado algum enquanto faltar o consentimento. Como ensina também São Bernardo, dizendo: “O sentimento não causa dano algum, contanto que não sobrevenha o consentimento”.

Para consolar tais almas timoratas e escrupulosas, quero oferecer-lhes aqui uma regra prática, aceita por quase todos os teólogos: Quando uma alma que teme a Deus e detesta o pecado, duvida se consentiu ou não em um mau pensamento, não está obrigada a confessar-se disso, porque, em tal caso, se tivesse realmente cometido um pecado mortal, não estaria em dúvida a esse respeito, porque o pecado mortal, para uma alma que teme a Deus, é um monstro tão horrendo, que não poderá ter entrada em seu coração sem o perceber.

b) Outros, que possuem uma consciência mais relaxada e são mal instruídos, julgam, pelo contrário, que os maus pensamentos nunca são pecados, mesmo havendo consentimento neles, contanto que não se chegue a praticar. Este erro é muito mais pernicioso que o primeiro. O que se não pode fazer, não se pode também desejar; por isso, o mau pensamento em si contém toda a malícia do ato. Assim como as más obras nos separam de Deus, também os maus pensamentos nos afastam d’Ele e nos privam de Sua graça. “Pensamentos perversos nos separam de Deus” (Sab 1, 3). Como as más obras estão patentes aos olhos de Deus, também Sua vista alcança todos os nossos maus pensamentos para condená-los e puni-los, pois “um Deus de ciência é o Senhor, e diante d’Ele estão patentes todos os pensamentos”

Com isso começamos a entender duas coisas muito importantes nesta luta que devemos travar sobre os nossos maus pensamentos:

- Não podemos descuidar dos mesmos, ser negligentes! É preciso atenção aos pensamentos que surgirem em nossa mente, é preciso cuidado, zelo…

- E, nem todos os nossos pensamentos são pecados, e nem todos os que são pecados trazem em si o mesmo cunho de malícia, a mesma gravidade, o mesmo peso!

Reflexão



Como adquirir liberdade?


Livre é quem ama e se dá aos outros! Nem tenho vontade de escrever algo mais, entretanto, apenas aceno, mais uma vez, para a absurda e - aparentemente - indestrutível onda de egoísmo que parece nos esmagar de uma vez por todas!

Graças a Deus, como ensina Dom Bosco, a vida nos foi dada para os outros e, quem ainda não aprendeu a vivê-la assim, já sofre de extrema ausência de sentido.

Porém, para quem deseja, ainda dá tempo de mudar e dar sentido à vida, tão linda que é, quando resolvemos amar.

RICARDO SÁ (C.C.N)

Reflexão


“Nós valemos o que somos diante de Deus”

“Nós valemos o que somos diante de Deus e nada mais” (São Francisco de Assis).

Confiemo-nos hoje de todo o coração a Jesus, porque Ele nos conhece e sabe quem somos verdadeiramente, como nos diz o salmista: “Sabeis tudo de mim, quando me sento ou me levanto” (Sl 138,2a).

Não podemos, de maneira alguma, trilhar a nossa vida pelo dizer das pessoas a nosso respeito. Como filhos e filhas de Deus precisamos a cada momento perguntar a Jesus: “Como o Senhor me vê? Por onde devo caminhar? Qual rumo devo seguir?” Porque o Senhor tem o melhor para nós e nos ama. Muitas vezes, confiamos mais na palavra das pessoas, mesmo quando esta é negativa, do que na Palavra do Senhor, que tem o poder de transformar toda a nossa vida.

Qual é a concepção que temos de Jesus? Como O enxergamos? Nós O conhecemos verdadeiramente, ou seja, já fizemos uma autêntica experiência com Ele ou ficamos somente com o que ouvimos outros dizerem a respeito d’Ele?

Hoje o próprio Jesus nos pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou”? (Mt 16,15). É interessante que quando O conhecemos também fazemos a experiência de nos conhecer e descobrir a nossa verdadeira identidade e, assim, passamos a viver a liberdade própria dos filhos de Deus.

Jesus, queremos conhecer-Te e conhecer-nos. Visita-nos neste dia que se chama hoje.

Obrigada, Senhor!

Jesus, eu confio em Vós!

Reflexão


Pensar no sacerdote é pensar em alguém frágil

A consagração sacerdotal não elimina a sedução do pecado

Não foi difícil para os discípulos, que estavam no meio do povo e que escutavam a cada momento os comentários sobre a Pessoa de Jesus, dar uma resposta: alguns afirmavam que Cristo era Jeremias; outros que era Elias; para outros Ele era Moisés; e para outros, algum dos profetas.

Mas, lendo o Evangelho com maior atenção, podemos perceber que havia quem considerasse Jesus um bom “aproveitador da vida”, a ponto de ser definido como “comilão e beberrão”, e para outros, ainda uma autêntica encarnação do diabo – motivo pelo qual expulsava os demônios com a força do mesmo príncipe dos demônios, segundo eles. Quem sabe a mais clara manifestação do sofrimento de Jesus seja dada pela Sua mesma confissão: “Nenhum profeta é aceito na sua pátria, e vocês me podem dizer: médico, cura-te a ti mesmo”. A Pessoa de Jesus se coloca na nossa frente como modelo de todo o agir para qualquer um, mas especialmente para os sacerdotes.

Pensar no sacerdote é pensar em alguém frágil, pecador, carregado de tantos defeitos e limitações, mas que, um dia, não só por sua decisão própria de querer seguir o Cristo, mas por vontade da mesma Igreja que discerniu a sua vocação por meio de tantos anos de caminhada, foi “consagrado sacerdote”. Quer dizer, foi chamado e considerado apto para ser no mundo uma presença viva de Jesus, um “outro Cristo” e recebeu como missão fazer de sua vida uma transparência de amor e revestir todos os seus atos de carinho, de perdão e de misericórdia em favor de todos os que necessitam de Jesus.

Nenhum padre poderá esquecer o dia em que se prostrou diante do altar e foi, pelo ministério episcopal, ordenado sacerdote, quando publicamente assumiu continuar a memória de Jesus pela celebração do Mistério Eucarístico. A ele foi dada a mesma ordem que o Cristo deu naquela noite da Última Ceia: “Fazei isto em minha memória”.

O sacerdote não se ordena a si mesmo, não chama a si mesmo, não escolhe a si mesmo, mas é chamado e escolhido. E toda escolha não é outra realidade senão um gesto de amor que não tem explicação humana, é um ato de amor que só o amor pode explicar.

Ser sacerdote é ter a consciência de que um dia fomos chamados do meio do povo, consagrados e devolvidos ao serviço do povo. Agir na Pessoa de Cristo exige constante esforço de se despir de todos os pecados e limitações para que a beleza e a grandeza de Jesus possa resplandecer em toda a sua luz.

Quem és tu, sacerdote? Alguém que, um dia, pela graça de Deus, foste chamado a seguir os passos de Jesus, foste seduzido pelo serviço apostólico, profético, percebeste que o anúncio do Evangelho era o teu único desejo, de servir o povo no desinteresse e na caridade era o teu sonho, que se colocar na escuta do grito de tantos irmãos esmagados, sofridos pela injustiça e pelo pecado era o teu único desejo, e por isso aceitaste com alegria ser “sacerdote”, deixando atrás de ti sonhos humanos, desejos.

Não te apavore se nestes últimos tempos, por todos os lados, tentam deformar, denegrir, sujar a imagem do sacerdócio. Em tempo de crise devemos viver com maior intensidade os valores da vida sacerdotal. A consagração sacerdotal não elimina a sedução do pecado nem nos vacina contra as tentações que experimentamos no dia a dia.

Nenhuma falta de um irmão poderá romper e destruir a beleza do sacerdócio. O coração de Jesus é tão grande que compreende todos os pecados e perdoa todas as faltas, é na misericórdia e no amor que se reconstroem as vidas. O ouro nunca deixará de se encontrar debaixo da terra, mas sempre ele terá o seu brilho.

Reflexão


Os jovens desejam mudanças

Por mais caótica que seja a situação, existe algo bom acontecendo

Quando meus olhos miraram 150 mil jovens de braços levantados, pulando e dançando [no PHN 2011], eu, na verdade, contemplei a saúde física, psíquica e espiritual deles. Tanta vida pulsando e existindo diante de mim. Eu tremi, vibrei, chorei, ri e tive a certeza de que, por mais crise que enfrentemos ao longo do caminho da humanidade, existe uma geração que opta por aquilo que realmente faz a diferença na história.

Ao viajar pelo mundo, ao ver bustos de personalidades nas praças, nomes nas placas, penso comigo: "Eles vieram e se foram, e agora é a minha vez de viver. Eu também posso colaborar para um pedaço da história".

O que aconteceu aqui na Canção Nova, no Acampamento PHN (Por Hoje Não), que propõe a ruptura diária com o pecado, realizado há duas semanas, é histórico: jovens entregando drogas em nossas mãos diante de milhares de pessoas, decidindo romper com o vício, a prostituição, a violência, sem deixar a alegria própria de ser jovem.

Passaram por aqui e viram com os próprios olhos também representantes da esfera pública, autoridade eclesial do Vaticano, além de vários veículos de comunicação que vieram fazer a cobertura do evento. Essa boa notícia tem se tornado conhecida por muitos e atende à necessidade de resposta ao mundo diante de novas perguntas: droga, sexualidade, família, violência, corrupção, entre outros.

Pudemos mostrar à sociedade que existe uma geração que realmente quer mudanças. E não se tratam de mudanças irônicas ou desconectadas e sim, coerentes, e são jovens que gritam por isso.

Está na hora de reunir todos aqueles que estão trabalhando de maneira honesta e real na Igreja, na política, na educação, na segurança, na saúde, no esporte etc., para que as famílias, pais e mães desesperados por verem seus filhos engolidos pelas drogas, encontrem um caminho.

Estamos crescendo e nos tornando notícia, algo sonhado e idealizado por nós. Acolhemos os profissionais de mídia de todos os canais de TV, rádio, jornais, sites. Existe uma sede, uma fome de ver o bem acontecendo. Vejo que todos esses profissionais - editores, diretores, produtores, locutores e apresentadores - devem se deixar possuir por este anseio: o de dar uma resposta boa, justa, positiva à humanidade.

Divulguemos com indignação as más notícias, mas com muito mais força, alegria, arte, profissionalismo e amor à boa notícia, pois ela existe! E nossos filhos, netos e todos que vierem vão agradecer o empenho de buscar em tudo um olhar de esperança, pois em todo lugar, por mais caótica que seja a situação, existe algo bom acontecendo. É nosso dever, como profissionais de comunicação, descobrir a esperança e apresentá-la à humanidade.

Cerca de 150 mil jovens de todo o Brasil e alguns países da Europa e América Latina mostraram que existe, é fato, algo novo e lindo acontecendo e os homens de paz e bem estão cada vez mais articulados. Todos seremos atingidos pela força do bem. Eu acredito no ser humano, eu acredito no PHN.

Dunga é missionário da Comunidade Canção Nova e idealizador do PHN. Apresentador do programa "PHN", transmitido pela TV Canção Nova e locutor da Rádio Canção Nova AM e FM. É autor de quatro livros e já gravou oito CDs. Seus recentes trabalhos são o livro "Abra-se à Restauração” e o CD "Transfiguração”. Blog http://blog.cancaonova.com/dunga/ e Twitter: @dungaphn

Santo do dia [ São João Maria Vianney ]


Com admiração, alegramo-nos com a santidade de vida do patrono de todos os vigários, conhecido por Cura D'Ars. São João Maria Vianney nasceu em Dardilly, no ano de 1786, e enfrentou o difícil período em que a França foi abalada pela Revolução Napoleônica.

Camponês de mente rude, proveniente de uma família simples e bem religiosa, percebia desde de cedo sua vocação ao sacerdócio, mas antes de sua consagração, chegou a ser um desertor do exército, pois não conseguia "acertar" o passo com o seu batalhão.

Ele era um cristão íntimo de Jesus Cristo, servo de Maria e de grande vida penitencial, tanto assim que, somente graças à vida de piedade é que conseguiu chegar ao sacerdócio, porque não acompanhava intelectualmente as exigências do estudo do Latim, Filosofia e Teologia da época (curiosamente começou a ler e escrever somente com 18 anos de idade).

João Maria Vianney, ajudado por um antigo e amigo vigário, conseguiu tornar-se sacerdote e aceitou ser pároco na pequena aldeia "pagã", chamada Ars, onde o povo era dado aos cabarés, vícios, bebedeiras, bailes, trabalhos aos domingos e blasfêmias; tanto assim que suspirou o Santo: "Neste meio, tenho medo até de me perder". Dentro da lógica da natureza vem o medo; mas da Graça, a coragem. Com o Rosário nas mãos, joelhos dobrados diante do Santíssimo, testemunho de vida, sede pela salvação de todos e enorme disponibilidade para catequizar, o santo não só atende ao povo local como também ao de fora no Sacramento da Reconciliação. Dessa forma, consumiu-se durante 40 anos por causa dos demais (chegando a permanecer 18 horas dentro de um Confessionário alimentando-se de batata e pão).

Portanto, São João Maria Vianney, que viveu até aos 73 anos, tornou-se para o povo não somente exemplo de progresso e construção de uma ferrovia – que servia para a visita dos peregrinos – mas principalmente, e antes de tudo, exemplo de santidade, de dedicação e perseverança na construção do caminho da salvação e progresso do Reino de Deus para uma multidão, pois, como padre teve tudo de homem e ao mesmo tempo tudo de Deus.

São João Maria Vianney, rogai por nós!