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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Medo de Deus


Medo de Deus

Nossa história é parecida com as aventuras dos heróis da fé

“Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique, assim como deste a ele poder sobre todos, a fim de que dê vida eterna a todos os que lhe deste. Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17, 1-3).
“Qual é o teu nome? – Moisés! O que pedes à Igreja de Deus? – A fé! E esta fé, o que te dará? – A vida eterna!” Assim começou a Celebração Eucarística em que um jovem estudante de vinte e um anos recebeu o Batismo, a Crisma e a Primeira Eucaristia. São os Sacramentos da Iniciação Cristã. Na mesma ocasião, seu irmão Henrique foi crismado.

A Assembléia litúrgica era composta de adultos, jovens e uma centena de crianças, que participavam do Festival das Crianças promovido pela Comunidade Sementes do Verbo em Icoaraci, nesta nossa Arquidiocese de Belém. O sorriso e a firmeza com que ouvi estas respostas iniciais do Rito que presidi com alegria me fizeram refletir sobre o nosso contato e o nosso trato com Deus.
O candidato à iniciação cristã ouviu a Palavra de Deus e antes do Batismo renunciou ao pecado, à divisão e ao demônio. Mergulhado na piscina batismal, dali saiu homem novo, foi ungido com o dom do Espírito Santo e admitido pela primeira vez à Ceia Eucarística. O sorriso continuava resplandecente, como, aliás, posso testemunhar nas muitas semelhantes celebrações a que presidi. Não havia tristeza, constrangimento, receio ou medo de Deus.

Quem pede o Batismo não o faz para que alguém controle a sua vida, cerceando seus impulsos em busca de liberdade. Querer ser e viver como cristão eleva a alma humana, faz ser melhor e ser mais livre! Não somos, diante de pessoas que têm outras convicções, homens e mulheres complexados, como se o pensar e o viver mundano fossem melhores. Não há nada mais digno na existência do que fazer a oblação livre da própria liberdade diante de Deus. Vale recordar a palavra de Jesus: “Se permanecerdes em minha palavra, sereis verdadeiramente meus discípulos, e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8, 31-32).

A Sagrada Escritura reflete o aprendizado de muitas gerações no contato com Deus, superando o medo diante da presença sagrada, que atrai e provoca muitas vezes estupor. Moisés, na montanha sagrada, iniciou seu caminho de intimidade com Deus. Mas começou tirando as sandálias numa terra santa, deu desculpas quando chamado à missão, enfrentou e superou as próprias inseguranças. Foi testemunha de grandes sinais e prodígios. No final, ficou o relacionamento pessoal: “O Senhor falava com Moisés face a face, como alguém que fala com seu amigo” (Ex 33,11). À morte, registra o Livro do Deuteronômio: “Nunca mais surgiu em Israel profeta semelhante a Moisés, com quem o Senhor tratasse face a face, nem quanto aos sinais e prodígios que o Senhor lhe mandou fazer no Egito, contra o Faraó, seus servidores e o país inteiro, nem quanto à mão poderosa e a tantos e tão terríveis prodígios que Moisés fez à vista de todo o Israel” (Dt 34, 10-12).

Elias, cujo ministério representa todo o profetismo do Antigo Testamento, também passou pelo aprendizado do contato com Deus. Vento impetuoso, terremoto, fogo, brisa suave. É diante da brisa leve que ele cobriu o rosto com o manto, saiu e pôs-se à entrada da gruta (cf. I Rs 19,9.11-13). Deus não é encontrado na agitação interior ou exterior, mas quer ouvir e ser ouvido!

Os discípulos de Jesus (cf. Mt 14, 22-33) escutaram do Senhor palavras consoladoras: “Coragem! Sou eu! Não tenhais medo!” e Pedro, tão parecido conosco, é chamado fraco na fé para se tornar rocha! Aprendeu a viver e deu sua vida por Jesus.

Nossa história é parecida com as aventuras dos heróis da fé. Não nascemos heróis, mas podemos, com a graça de Deus, vencer as sombras interiores que nos apavoram. Não custa acender a luz! E a Palavra de Deus é luz para o nosso caminho! E muitas pessoas, ao nosso redor, estão suplicando que sejamos iluminados por Aquele que é Luz do mundo, quais luzeiros que transformam em dia claro as sendas que percorrem.


Reflexão


07 Dicas para viver bem..

1. Domine a língua. Fale sempre menos do que pensa.
Cultive uma voz mansa e baixa. O modo de falar impressiona mais do que o
que se fala.
2. Pense antes de fazer uma promessa e depois não a deixe de cumprir nem dê importância ao quanto lhe custa cumpri-la.
3. Nunca deixe passar uma boa oportunidade para dizer uma coisa meiga e animadora a uma pessoa ou a respeito dela.
4. Deixe as suas virtudes falarem por si mesmas e
recuse falar das faltas e fraquezas dos outros. Condene os murmúrios.
Faça uma regra de somente falar coisas boas dos outros.
5. Tenha cuidado com os sentimentos dos outros.
Gracejos e críticas não valem a pena e freqüentemente magoam quando
menos se espera.
6. Conserve a mente aberta para todas as questões de
discussão. Investigue, mas não brigue. É próprio das grandes
mentalidades discordar e ainda conservar a amizade do seu oponente.
7. Trabalhe. Tenha paciência. Conserve-se calmo.
Esqueça-se de si mesmo. Espere somente recompensa que vem do alto, pois
esta é verdadeira e certa.

Santo do dia [ Assunção de Nossa Senhora ]


Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!