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sábado, 29 de outubro de 2011

Como discernir o que é sinal de Deus?


O Senhor usa de vários meios para nos transmitir Seus designíos

Desde o início, Deus se comunica com o ser humano de forma a não somente transmitir mensagens, mas fazendo doação de Si mesmo a nós. "Por uma vontade absolutamente livre, Deus revela-se e dá-se ao homem” (Catecismo da Igreja Católica, art. Nº 50).

O Senhor usa de vários meios para nos transmitir Seus designíos e Sua Pessoa. Temos como alguns exemplos os anjos que são Seus mensageiros; os dons do Espírito Santo; a Sagrada Escritura e também a Eucaristia, sacramento de máxima entrega.



Não bastasse tudo isso, ainda há a "comunicação do amor de Deus" através de sinais. São acontecimentos que significam algo mais que o simples andamento ou consequência de fatos. Deus nos fala nas entrelinhas das ocorrências incomuns ou da rotina. Até mesmo Jesus percebeu cada passo de Seu ministério em eventos comuns que poderiam passar despercebidos, desde a falta de vinho numa festa de casamento (cf. Jo 2,1-12) até quando se aproximava o tempo certo da “Sua entrega na cruz”. Porém, é necessário ter cuidado e discernir sinceramente se estamos diante do que é um apontamento do Senhor ou se estamos nos aproveitando de um acontecimento qualquer para justificar algo que temos no coração.


Preferimos nos enganar, nomeando forçosamente simples ocorrências como resposta do Alto, dada a grandiosidade do desejo. Desviamo-nos de uma verdadeira leitura da orientação divina, nos deixando levar por ideias fixas e obstinação de coração. Quando estamos com a mente e sentimentos tomados, parece que tudo conspira e confirma na direção tanto do objeto de desejo como para traumas, complexos e impressões que trazemos. Assim, no futuro, só nos decepcionaremos com o Senhor e buscaremos culpar os homens que não nos pareceram favoráveis.



Para interpretar corretamente a fala de Deus é importante, primeiramente, nos desfazermos dos nossos apegos e conceitos tendenciosos, estarmos livres para aceitar aquilo que não nos é agradável, as exortações e a direção do que Ele quer consertar em nossa vida.


Outro ponto é cultivar uma íntima amizade com o Senhor, peça a graça de amá-Lo independente dos favores. Gaste tempo em Sua companhia e saiba que a iniciativa de sinais será sempre Dele; o que não nos isenta da necessidade de termos uma constância na oração e de nos relacionarmos com o Senhor.

Depois que Deus mesmo se encarrega do sucesso do empreendimento e da graça que Ele quer conceder, Jesus ordena a dois de Seus discípulos: ”Ide a essa aldeia que está defronte de vós. Entrando nela, achareis um jumentinho atado, em que nunca montou pessoa alguma; desprendei-o e trazei-mo. Partiram os dois discípulos e acharam tudo como Jesus tinha dito” (Lc 19,30-32). Os fatores do outro lado, no campo da missão, encontram elementos correspondentes à ordem dada por Jesus, mas isso não significa que essa providência se manifeste no primeiro momento. Deus enviou Moisés ao faraó, mas o soberano do Egito foi resistente em libertar o povo do Senhor. Podemos encontrar barreiras que o Altíssimo sinaliza como sendo Sua vontade para nós.



Na verdade, aprenderemos a interpretar corretamente os sinais com um treinamento. Com o passar do tempo, se mantivermos uma amizade verdadeira com Deus e nos exercitarmos nesse processo de intuir, empreender na ordem divina e prestar atenção aos resultados, aprenderemos a olhar um fato, desde o início, e saber se é realmente um sinal do Senhor.
O Deus a quem seguimos é bondoso e quer fazer aquilo que é o melhor para nós, por isso está em constante comunicação.


Ele é fiel e nos conduz. "Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesma se destruirá" (At 5, 38).


Sandro Ap. Arquejada-Missionário Canção Nova
sandroarq@geracaophn.com

Santo do dia [ São Narciso ]


O santo de hoje, São Narciso, foi Bispo de Jerusalém e, quando se deu tal fato, devia ter quase cem anos de idade. Narciso não era judeu e teria nascido no ano 96. Homem austero, penitente, humilde, simples e puro, sabe-se que presidiu com Teófilo de Cesareia a um concílio onde foi aprovada a determinação de se celebrar sempre a Páscoa num Domingo.

Eusébio narra que em certo dia de festa, em que faltou o óleo necessário para as unções litúrgicas, Narciso mandou vir água de um poço vizinho, e com sua bênção a transformou em óleo. Conta também as circunstâncias que levaram Narciso a demitir-se das suas funções.

Para se justificarem de um crime, três homens acusaram o Bispo Narciso de certo ato infame. "Que me queimem vivo - disse o primeiro - se eu minto". "E a mim, que me devore a lepra", disse o segundo. "E que eu fique cego", acrescentou o terceiro. O desgosto de ser assim caluniado despertou em Narciso o seu antigo desejo pelo recolhimento e, por isso, sem dizer para onde ia, perdoou os caluniadores e saiu de Jerusalém em direção ao deserto. Considerando-o definitivamente desaparecido, deram-lhe por sucessor a Dio, ao qual por sua vez sucederam Germânio e Górdio. Todavia, os três caluniadores não tardaram a sofrer os castigos que em má hora tinham invocado, pois o primeiro pereceu num incêndio com todos os seus, o segundo morreu de lepra e o terceiro cegou à força de tanto chorar o seu pecado.

Alguns anos depois, Narciso reapareceu na cidade episcopal. Nunca tinha sido posta em dúvida a santidade do seu procedimento.; por isso, foi com imensa alegria que Jerusalém recebeu seu antigo pastor. Segundo diz Eusébio, continuou Narciso a governar a diocese até a idade de 119 anos, auxiliado por um coadjutor chamado Alexandre. Faleceu cerca do ano de 212.

São Narciso, rogai por nós!