Programa voltado para toda a familia católica que acompanha o Programa Alegrai-vos todos os sabados na Radio Cultura FM de Ouricuri-PE
terça-feira, 3 de abril de 2012
Convite
O Grupo de Oração Alegrai-vos no Senhor convida a todos para participar do encontro de oração que havera na Igreja Nossa Senhora do Carmo, com a continuação do Cerco de Jerico a partir das 19:30, estão todos convidados.
O dom da gratidão
Imersos nos problemas do dia a dia ficamos presos às mais diversas situações que nos privam de uma vida autenticamente feliz. Quando deixamos os problemas e as tristezas nos aprisionarem ficamos perdidos em nós mesmos. Na maioria das vezes é um processo complexo de egoísmo, no qual nos fechamos em nossos próprios desertos espirituais. Muitas pessoas passam o dia com a janela de seu olhar fechada para as possibilidades da vida. Estão aprisionadas nas trevas daquilo que as impede de ser felizes verdadeiramente. Chega um momento na vida de toda pessoa em que ela precisa fazer uma opção: buscar a Luz do Sol de uma nova vida ou ficar presa à escuridão de uma noite que insiste em não terminar.
O ser humano sempre almeja ter sempre mais. Busca com todas as forças vencer na vida, e quando consegue atingir seus objetivos o vazio existencial que carrega em sua alma é ainda maior do que no início de suas buscas. É grande o número de pessoas que pensa conseguir a felicidade com suas próprias forças. Sempre ouvimos muitas pessoas reclamarem do vazio que carregam no coração. Têm tudo e, ao mesmo tempo, não têm nada. Falta-lhes o sentido verdadeiro que pode preencher todo o vazio existencial de uma vida, muitas vezes, sem sentido. Reconhecer que a alma tem sede de Deus é o primeiro passo para quem deseja recomeçar e encontrar no hoje da sua história uma vida repleta de beleza e sentido.
Nossas orações são movidas, na maioria das vezes, pelos pedidos. Pedimos muito e agradecemos pouco. Deixar de agradecer a Deus por tudo aquilo que Ele nos proporciona na vida é uma das maneiras de nos aprisionarmos em nosso egoísmo. O que é o egoísmo? É um hábito ou atitude de colocarmos nossos interesses e projetos em primeiro lugar. Mas é também nos colocarmos como o centro da vida. Quando isso acontece na vida perdemos o foco do essencial.
Tão importante quanto apresentarmos a Deus nossos pedidos e súplicas é o ato de agradecer a Ele por tudo o que nos concede. Agradecer sempre. O dom da gratidão liberta nosso coração de um egoísmo que nos prende em nós mesmos. O que agradecer? O nosso trabalho! Muitos acordam reclamando do trabalho! Felizes são aqueles que têm um trabalho que lhes permite levar o pão de cada dia à mesa. Muitos estão desesperados em busca de um emprego e não conseguem. Agradecer a Deus pelo pão que se tem na mesa. Enquanto muitos reclamam do arroz e feijão de cada dia, outros dormem com o estômago vazio, sem se alimentarem há dias. Agradecer ao Senhor os medicamentos que aliviam as dores! Quantos reclamam dos remédios que fazem uso.
Imaginemos a vida sem o remédio que alivia as dores! Agradecer sempre! Agradecer por mais um dia de vida, pela saúde, pela natureza que nos revela o cuidado de Deus para conosco! Em nossas orações precisamos desenvolver o dom da gratidão. É um processo libertador que vai, aos poucos, transformando nosso coração e o modo como olhamos a vida e os problemas. Quando nossas orações se tornam um momento importante do dia em que paramos para agradecer a Deus por tudo aquilo que Ele nos concede e concedeu, vamos libertando nosso coração do egoísmo que o estava prendendo por muito tempo. Desenvolver o dom da gratidão, por intermédio da oração, é uma maneira sempre nova de descobrirmos em nossa vida o amor de Deus para conosco!
Oração
Deus de amor e bondade, hoje quero Te agradecer pelo dom da vida e pelo trabalho que me possibilita levar o pão de cada dia à mesa de meus familiares. Agradeço-Te pela minha família, e pela presença daqueles que já estão junto de Ti, e que me ensinaram lições valiosas de amor ao próximo. Agradeço-Te pelos remédios que aliviam minhas dores e me trazem o conforto diante das dores do corpo. Agradeço-Te ainda pela Tua Palavra, que traz a vida verdadeira ao meu coração, sedento de Tua presença. Obrigado, Pai, por ser Luz nas noites escuras do meu egoísmo. Amém!

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG.
Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
http://www.flaviosobreiro.com
O perigo das meias verdades
À medida que cresce na mídia a tendência do “politicamente correto”, que, na versão católica do Papa Bento XVI, pode-se traduzir como “ditadura do relativismo”,
alguns católicos, líderes e, às vezes, pregadores parecem ter medo de
assumir a verdade integral pregada pela Igreja. Nota-se certo receio de
“ir contra a corrente”, contra a vontade da maioria, esquecendo-se de
que Jesus é “sinal de contradição”, e que por isso foi perseguido e
crucificado, para não deixar de dar testemunho da verdade que salva. A
verdade não depende da maioria, mas de si mesma.
A
verdade é fundamental; por isso o Papa tem sido seu paladino
incansável. O Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que o que salva é a
verdade: “Com efeito, 'Deus quer que todos os homens sejam salvos e
cheguem ao conhecimento da verdade' (I Tm 2,4). Deus quer a salvação de
todos pelo conhecimento da verdade. A salvação está na verdade” (CIC §
851).
Sem a verdade não há salvação. Jesus disse diante de Pilatos que veio ao mundo “para dar testemunho da verdade” (cf. Jo 18,37) e aceitou morrer para testemunhá-la. E deixou claro que “a verdade vos libertará”.
Assim,
a verdade não pode ser passada “pela metade”, pois se torna perigosa
mentira. Sabemos que uma meia verdade é pior que uma mentira. Não
podemos pregar o Evangelho pela metade, deixando de mostrar
especialmente aquilo que visa destruir o pecado e levar o pecador à
conversão. Por exemplo, a frase “Não podemos comer comida estragada”,
está correta e é muito importante; mas, se eu disser só a metade da
frase: “Não podemos comer comida”, muitos vão morrer de fome. Entendeu
por que a meia verdade é pior do que uma mentira?
“Mutatis mutandis”
(mudando o que deve ser mudado), noto que alguns ensinam a fé católica
em meias verdades. Como? Ao apresentarem uma questão, expõem apenas uma
parte da verdade sobre o assunto, deixando de falar do pecado e das
exigências de conversão. Por essa razão, não podemos, por exemplo, dizer
apenas, aos casais de segunda união, que eles não devem se afastar da
Igreja e que não podem ser discriminados, etc., sem lhes dizer também
que a situação deles não é lícita diante do Evangelho e que não podem
receber os sacramentos.
Assista: "A Igreja Militante que espera no Senhor", com professor Felipe Aquino
Da mesma forma, é claro que temos de acolher, respeitar e não discriminar os homossexuais, e amá-los como verdadeiros irmãos, mas não podemos deixar de lhes dizer que o Catecismo da Igreja Católica considera a prática homossexual (não a tendência) como “depravação grave” (CIC § 2357), tendo em vista que “a tradição sempre declarou que 'os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados'. São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (idem).
Quando
se fala aos jovens sobre masturbação e fornicação (sexo realizado por
pessoas não casadas), alguns tendem a minimizar a gravidade desses
pecados, e alguns até têm a coragem de dizer que não são pecados, quando
o Catecismo diz o contrário: “Entre os pecados gravemente contrários à
castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e
as práticas homossexuais” (CIC § 2396).
Santo
Agostinho dizia: “Não se imponha a verdade sem caridade, mas não se
sacrifique a verdade sem caridade”. Como declarou o Papa Bento XVI, na “Caritas in veritate”,
“caridade sem verdade é sentimentalismo”. Jesus perdoou a mulher
adúltera e a salvou da morte, mas não deixou de mostrar a ela o seu
grave pecado: “Vá e não peques mais”. Sem mostrar o pecado ao pecador
ele não pode se libertar da morte espiritual.
O profeta Ezequiel, em dois capítulos (3,18 e 33) também chama a atenção para a necessidade de se corrigir o pecador:
“Se
digo ao malévolo que ele vai morrer, e tu não o prevines e não lhe
falas para pô-lo de sobreaviso devido ao seu péssimo proceder, de modo
que ele possa viver, ele há de perecer por causa de seu delito, mas é a
ti que pedirei conta do seu sangue. Contudo, se depois de
advertido por ti, não se corrigir da malícia e perversidade, ele
perecerá por causa de seu pecado, enquanto tu hás de salvar a tua vida”
(Ez 3,18-19).
“Se
eu disser ao pecador que ele deve morrer, e tu não o avisares para
pô-lo de guarda contra seu proceder nefasto, ele perecerá por causa de
seu pecado, mas a ti pedirei conta do seu sangue” (Ez 33,8).

felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br
São Ricardo
Com alegria contemplamos a vida de santidade do nosso irmão da fé São Ricardo, que hoje brilha no Céu como intercessor de todos os irmãos que peregrinam na Igreja terrestre.
Nascido em 1197, era pobre, teve dificuldade de estudar e perdeu muito cedo seus pais.
No seu tempo, Ricardo começou a ver a ignorância e superstição; ambição dos nobres; luxo do clero; regalismo do trono e decadência da vida monástica. Diante de sua realidade, não se entregou a murmurações e desânimos, mas como professor e reitor da Universidade de Oxford decidiu-se pela santidade, a fim de ser instrumento de renovação da Igreja na Inglaterra.
Unido aos frades franciscanos e dominicanos, Ricardo fez de tudo, - como leigo, sacerdote e bispo ordenado pelo Papa - para reverter a resistência do rei que não queria a sua ordenação e, de toda situação triste que acabava atingindo duramente o povo. São Ricardo, até entrar na Casa do Pai com 56 anos, por dois anos coordenou sua diocese clandestinamente, visitando pobres, doentes e fazendo de tudo para evangelizar e ajudar na santificação dos mosteiros, clero e nobres ingleses, isto principalmente depois que o rei se dobrou sob ameaça de excomunhão do Papa.
São Ricardo, rogai por nós!
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