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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Rezar é abrir-se a Deus


 

Rezar é abrir-se a Deus

Na oração nós aprendemos a ouvir o Senhor
Ninguém se coloca sob o sol sem se queimar. Se tomar sol você vai sofrer as consequências dele. Com Deus acontece algo semelhante, ninguém se coloca na presença d'Ele sem ser beneficiado por ela. As marcas da presença do Todo-poderoso também são irreversíveis para a nossa salvação. Quando nós nos deixamos conduzir pelo Espírito Santo, Ele nos dá liberdade. Nunca o Senhor pensou em trazê-lo para perto d'Ele para tirar algo de você, muito menos para limitar a sua liberdade. Se Ele não quisesse que fôssemos livres, por que teria nos criado livres?

Nossa liberdade ficou comprometida por nossa própria culpa, porque quem peca se torna escravo do pecado. Pelos erros e pelos vícios que entram em nossa vida ficamos debilitados. O Pai nos deu Cristo para nos libertar daquilo que nos amarra. Deus nos mostra quais caminhos podemos seguir, mas a liberdade de escolher é nossa. O desejo do Senhor é libertar você de toda a angústia, de toda a opressão. O desejo d'Ele é vê-lo feliz.

Veja em Gálatas 5,1: "É para que sejamos homens livres que Cristo nos libertou. Ficai, portanto, firmes e não vos submetais outra vez ao jugo da escravidão".
Cristo amou você, morreu numa cruz por sua causa, para que você não fosse escravo do pecado. O Ressuscitado nos libertou de todo o mal, de toda armadilha do inimigo para que permaneçamos livres. Contudo, ninguém é livre na maldade. Uma vez que o Espírito Santo visitá-lo, não dê brecha para o pecado.

Quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito do homem que nele reside? (cf. Coríntios 2, 10-16). Assim também ninguém conhece as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.

Ninguém pode saber o que está em seu interior se você não abrir a boca e disser. Quando você reza, Deus Pai o refaz e o Espírito Santo o cura e liberta. Rezar é ficar nu na presença de Deus, é se abrir a Ele. Quando você está rezando, coloca-se na presença do Altíssimo, se expõe e é curado. Quando você tira a roupa diante do espelho, vê o que quer e o que não quer. Na hora em que estamos rezando, caem as nossas roupas - espiritualmente falando - e, do mesmo modo, vemos aquilo que queremos e o que não queremos. Tudo que eu faço de mau volta para mim no momento da oração. As feridas que nós ignoramos, na oração não conseguimos ignorá-las, porque, nesse momento, Deus as revela para nós ao nos curar. No momento em que o Senhor me mostra quem eu sou, Ele também mostra quem Ele é. Se Ele me revela uma coisa que não está boa, é porque é preciso consertá-la.

Na oração nós aprendemos a ouvir o Senhor. Não existe ninguém que, tendo rezado, Deus não o tenha respondido. E se Ele não lhe responde diretamente, vai fazê-lo por meio de uma pessoa ou de um fato, mas Ele responde. Nós precisamos aprender a ouvi-Lo na oração para conhecermos os planos que Ele tem para nossa vida.

Eu e você precisamos, na oração, pedir ao Espírito Santo que nos faça descobrir o que está ruim ali dentro. Deus sabe o quando você foi machucado e sabe como curá-lo.
A nossa vida inteira é um processo de cura interior. Enquanto você estiver com os pés aqui nesta terra, sua vida será um processo de cura interior. Nós temos que nos apresentar diante de Deus. 
O Todo-poderoso tem um plano na sua vida, um plano de amor, um plano de realização e de felicidade para você. Se você não abre o seu coração para a oração, corre o sério risco de morrer sem conhecer o plano que Deus tinha para você.


Foto Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
 

Santo do dia [ São Pedro de Alcântara ]


"Aqueles que são de Cristo crucificaram a própria carne com os seus vícios e concupiscências" (Gal 5,24)

Esta Palavra do Senhor se aplica muito bem a São Pedro de Alcântara, o qual lembramos hoje, pois soube vencer o corpo do pecado através de muita oração e mortificações. Pedro nasceu em Alcântara, na Espanha, em 1499.

Menino simples, orante e de bom comportamento, estudou na universidade ainda novo, mas soube, igualmente, destacar-se no cultivo das virtudes cristãs, até que, obediente ao Mestre, o casto e caridoso jovem entrou para a Ordem de São Francisco, embora seu pai quisesse para ele o Direito. Pedro foi ordenado sacerdote e tornou-se modelo de perfeição monástica e ocupante de altos cargos, o qual administrou até chegar, com vinte anos, a superior do convento e, mais tarde, eleito provincial da Ordem.

Franciscano de espírito e convicção, era sempre de oração e jejum, poucas horas de sono, hábito surrado, grande pregador e companheiro das viagens. Como provincial, visitou todos os conventos da sua jurisdição, promovendo uma reforma de acordo com a regra primeira de São Francisco, da qual era testemunho vivo. Conhecido, sem desejar, em toda a Europa, foi conselheiro do imperador Carlos V e do rei João III, além de amigo dos santos e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila; esta, sobre ele, atestou depois da morte do santo: "Pedro viveu e morreu como um santo e, por sua intercessão, conseguiu muitas graças de Deus".

Considerado um dos grandes místicos espanhóis do séc. XVI e dos que levaram a austeridade até um grau sobre-humano, entrou no Céu com 63 anos, em 1562, após sofrer muito e receber os últimos Sinais do Amor (Sacramentos), que o preparou para um lindo encontro com Cristo.

São Pedro de Alcântara, rogai por nós!