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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quando a Igreja pede o Jejum e como vivê-lo?




 adultos que jejuem (isto é, que renunciem a uma das refeições importantes do dia) em sinal de disponibilidade e solidariedade. Disponibilidade à escuta de Deus, demonstrando dar mais valor à sua Palavra que ao bem estar imediato, sinal de conversão do coração; isto é que significa o jejum dos cristãos, como o do Mestre no inicio de sua missão.
Um jejum mais sensível neste dia, mas que se prolongará por todo o tempo da Quaresma, com outras iniciativas pessoais de desapego, renúncia às comodidades e satisfações mesmo legitimas, para maior liberdade interior. Assim o jejum ritual, feito com interioridade e não por mero formalismo, se torna sinal da fé e caminho de salvação para todo o nosso ser.
Podcast sobre a Quaresma:
Por outro lado, sofrendo um pouco de privação, saibamos unir-nos de algum modo aos homens para os quais é habitual a privação de alimento, de meios econômicos, de bens culturais e de possibilidades concretas de desenvolvimento; o jejum se torna um gesto simbólico, denúncia profética da injustiça que nasce do egoísmo, solidariedade com os mais pobres. Assim, a preparação para a Páscoa se torna “Campanha da Fraternidade”, e a ceia do Senhor um gesto de pobreza, contrição, esperança, anuncio. Quem participa seriamente da Paixão do Senhor, ainda hoje viva nos pobres da terra, sabe que a volta ao Pai (tanto a sua como a da comunidade) já começou, e que na mortificação da carne pode florescer o Espírito da ressurreição e da vida.
Para nós não ficarmos perdidos onde precisamos nos converter, a Campanha da Fraternidade nos ajuda a concretizar a nossa conversão. Este ano tem como tema: “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, tirada do livro do Eclesiástico. Cujo objetivo é “refletir sobre a realidade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobiliza por melhoria no sistema público de saúde”. O período da Quaresma que, segundo o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, “é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado”, a Igreja quer sensibilizar as pessoas sobre a “dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade” (Documento Base da Campanha da Fraternidade 2012). Lembrando que saúde envolve o homem todo, a saúde física, emocional e psicológica e também a saúde espiritual dos filhos de Deus, por isso, ela é objeto de conversão em nossa vida e na sociedade.
O jejum que salva nos leva a conversão e nos dá um coração mais manso, humilde e pobre e solidário. Pois na matemática de Deus dividindo, partilhando se multiplica o que se tem. Uma diga simples: o alimento do seu jejum ou aquilo que você tem e não usa mais pode ser doado para alguém ou uma instituição.
Oração: Ofereço Senhor as minhas disposições e o meu jejum. Que este gesto possa colocar Deus em primeiro lugar na minha vida e imediatamente o meu irmão. Conversão para uma vida nova e para ser mais sensível as necessidades dos meus irmãos mais pobres, que este jejum seja agradável a Ti Senhor e que faça com que eu saia do meu comodismo e ofereça aquilo que me sobra aos mais carentes, carentes do meu tempo, da minha atenção e da minha ajuda.

Papa envia mensagem para a Campanha da Fraternidade 2012




O Santo Padre salienta que muitas vezes os enfermos sofrem mais pela solidão e abandono do que pela doença
“Que a saúde se difunda sobre a terra" (cf. Eclo 38,8): este é o lema da Campanha da Fraternidade 2012, que será lançada oficialmente pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nesta quarta-feira, 22.  Em mensagem enviada nesta Quarta-feira de Cinzas ao presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, o Papa Bento XVI salientou que “para os cristãos, de modo particular, o lema bíblico é uma lembrança de que a saúde vai muito além de um simples bem estar corporal”.

O Pontífice disse esperar que esta Campanha possa inspirar no coração dos fiéis e das pessoas de boa vontade uma solidariedade cada vez mais profunda para com os enfermos, que tantas vezes sofrem "mais pela solidão e abandono do que pela doença”.

“Ajudando-lhes ao mesmo tempo a descobrir que se, por um lado, a doença é prova dolorosa, por outro, pode ser, na união com Cristo crucificado e ressuscitado, uma participação no mistério do sofrimento Dele para a salvação do mundo”, explicou o Papa.

Bento XVI enfatizou que oferecendo o sofrimento a Deus por meio de Cristo, é possível colaborar na vitória do bem sobre o mal, porque Deus torna fecunda a oferta, o ato de amor de cada um.

"Associando-me, pois, a esta iniciativa da CNBB e fazendo minhas as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de cada um, saúdo fraternalmente quantos tomam parte, física ou espiritualmente, na Campanha ‘Fraternidade e Saúde Pública’”,  afirmou.

São Policarpo


O santo deste dia é um dos grandes Padres Apostólicos, ou seja, pertencia ao número daqueles que conviveram com os primeiros apóstolos e serviram de elo entre a Igreja primitiva e a Igreja do mundo greco-romano.

São Policarpo foi ordenado Bispo de Esmirna pelo próprio São João, o Evangelista. De caráter reto, de elevado saber, amor à Igreja e fiel à ortodoxia da fé, era respeitado por todos no Oriente.

Com a perseguição aos cristãos, o santo Bispo de 86 anos, escondeu-se até ser preso e levado para o governador, que pretendia convencê-lo de ofender a Cristo. Policarpo, porém, proferiu estas palavras: "Há oitenta e seis anos sirvo a Cristo e nenhum mal tenho recebido dele. Como poderei rejeitar Àquele a quem prestei culto e reconheço como meu Salvador".

Condenado à morte no estádio da cidade, ele próprio subiu na fogueira e testemunhou para o povo: "Sede bendito para sempre, ó Senhor; que o Vosso Nome adorável seja glorificado por todos os séculos". São Policarpo viveu o seu nome – poli=muitos, carpo=fruto – muitos frutos”, que foram regados com suor, lágrimas e, no seu martírio no ano de 155, regado também com sangue.

São Policarpo, rogai por nós!