Programa Alegrai-vos no Senhor

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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Santa Ângela Mérici


Nasceu no ano de 1474 no norte da Itália. De uma família muito honesta, materialmente pobre, mas espiritualmente riquíssima, amava muito Cristo e sua Igreja. Os filhos foram crescendo assim, com o testemunho dos pais, inclusive Santa Ângela que, desde pequenina, já tinha vida de oração e penitência, buscava amar, cada vez mais, Deus.

Ela teve uma irmã e, com o tempo, seus pais vieram a falecer. Os filhos tiveram que sair de sua terra e morar com um tio. Ali, a irmã faleceu e, mais tarde, o tio. Quantas perdas! Mas Santa Ângela, mulher de oração, nunca acusou Deus, nunca se revoltou. Isso não quer dizer que não sentiu, não sofreu. Até Nosso Senhor, verdadeiro Deus, verdadeiro homem sofreu.

Inspirada pelo Espírito Santo, retornou para a sua terra natal e ali começou a fazer um trabalho muito providencial, confirmado pelo céu, porque teve um sonho de ver jovens com coroas de lírios caminhando para o céu. Naquele discernimento, ela agarrou a inspiração e foi trabalhar servindo jovens que corriam riscos morais.

O grupo daquele que se dedicavam a Deus foi crescendo, servindo no resgate à evangelização dos jovens e também na restauração das famílias. Ela foi com o coração aberto, cheio de amor para auxiliar, com as outras jovens, as famílias. Promoveu a restauração das jovens, das famílias, também foi ao encontro dos pobres e enfermos.

O Papa aprovou esta nova congregação que foi consagrada a Santa Úrsula, por isso, eram chamadas ursulinas, pois a própria Santa Úrsula apareceu para Santa Ângela. Ela que, aos 66 anos, partiu para o céu, hoje intercede não só pelas ursulinas, mas por todos que são Igreja.

Santa Ângela Mérici, rogai por nós!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Droga, um problema de todos

Eu saí das drogas pela força do acolhimento
A drogadição é um problema que atinge a todos e é responsabilidade de todos. Hoje, nosso país, capitais, cidades e bairros, pouco a pouco, estão sendo tragados pelo tráfico e pela violência que a droga traz. Um dia, esse problema pode estar batendo à sua porta - seja porta de um barraco, mansão, loja, indústria, igreja, escola, escritório.

Ninguém pode dizer: "esse problema não é meu", pois esse problema já é nosso. Então, por que nós todos não nos envolvemos na solução dessa situação que nos corrói aos poucos? Porque, talvez, muitos ainda vejam o problema só nos jornais escritos e falados e não supõem que, no quarto ao lado, dormindo com eles, chegando da escola ou até mesmo rezando com eles, essa pessoa já esteja nas drogas.

Estamos presenciando uma cena triste nos últimos dias. Os moradores de rua da Cracolândia, de maneira violenta, estão sendo expulsos, espalhados para outros lugares de São Paulo. Esta é a solução? É óbvio que não. Estamos apenas transferindo o problema para outra rua, outro bairro ou até mesmo outra cidade. Fica claro que outros ocuparão o mesmo lugar.

A Igreja atua com experiência concreta há anos, como é o caso das fazendas de recuperação, como a Fazenda Esperança, experiências ainda pouco conhecidas, infelizmente!

Recentemente, preguei para 600 adictos, em recuperação, da Fazenda Esperança do Frei Hans, em Guaratinguetá (SP), e lá encontrei homens e mulheres sedentos de uma segunda chance. Encararam o processo de restauração sabendo que, sem Deus, isso não é possível. Agora, quando se fala em Deus nesse trabalho de recuperação, alguns céticos podem, por um momento, dizer ou pensar que são amadores ou espiritualistas fazendo a parte que lhes cabe. Até nos admiram pelo empenho e dedicação, mas não acreditam que essa seja a solução.

A Igreja pode auxiliar a sociedade e o próprio Governo no processo de recuperação. E digo isso com a experiência no resgate de pais de família, jovens, homens e mulheres que dão testemunhos de como saíram dessa armadilha.

Governo e Igreja juntos parece utopia. Mas, não o é! O Governo tem os recursos e a Igreja tem a experiência já testada e comprovada. Eu mesmo sou fruto dessa força do bem! Eu saí das drogas pela força do acolhimento e da espiritualidade que a Igreja me ofereceu.
Se consultadas, as pessoas que estão há anos nesse trabalho trariam aos Governos, Nacional, Estadual e Municipal, uma “luz no fim do túnel”. Cuidaríamos dos doentes e eles cuidariam das fronteiras, do comércio ilegal de armas, carros roubados que são trocados por cocaína nas fronteiras, entre outros.

Usar da violência contra pessoas que estão doentes não é a solução. A repressão e a força, bem canalizadas, dão resultado, mas quando mal colocadas denigrem o ser humano. Acabam com o pouquinho de dignidade que lhe resta. Eu acredito que podemos vencer as drogas se nos unirmos. Nessa luta, repito: JUNTOS - Igreja e Governo – teremos a solução!

Dunga
Missionário da Comunidade Canção Nova

São Timóteo


Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: "A Timóteo, filho caríssimo: graça, misericórdia, paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, Nosso Senhor!" (II Timóteo 1,2).

Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família: “Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria. Confesso a lembrança daquela tua fé tão sincera que foi primeiro a de tua avó Lóide e de tua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em ti também”. (II Timóteo 1,4-5) Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo em muitas viagens.

Primeiro bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista João.

Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que sejamos apóstolos nos tempos de hoje.

São Timóteo, rogai por nós!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Palavra meditada hoje está em Atos dos Apóstolos 2, 25-28



Neste dia temos que ter a Palavra de hoje como nossa oração. Podemos dizer que temos sempre o Senhor diante de nós, que sentimos a presença d'Ele e Ele está à nossa direita para que nós não vacilemos, nem nos machuquemos, desanimemos e desistamos.

Deus está ao nosso lado não só para que não caiamos, mas para que fiquemos firmes, pois não podemos nos deixar levar pelo medo e vacilar. Quem quer passar segurança para outra pessoa não pode ficar vacilando, quantas vezes Deus nos coloca diante das pessoas e sabemos o quão importante é estarmos seguros naquela decisão.

Se você põe o seu coração no Senhor, se toma decisões amparadas no bem, nada poderá fazê-lo vacilar. O Espírito Santo está ao seu lado para aquilo que você está fazendo gere o bem também para as outras pessoas.

A alegria do meu coração é Deus presente. Longe do Senhor não existe alegria; é o que a Palavra nos diz hoje.

Tudo está descoberto diante de Deus Pai, tudo que fazemos está sempre diante d'Ele. O Espírito Santo conhece a profundidade do nosso pensamento. Aquilo que dentro de nós está escondido, mas para o Senhor está às claras; como afirma essa passagem bíblica. Mesmo diante dos nossos pecados, o Senhor continua a nos amar.

Deus nos ama até quando não conseguimos amar, nessas horas Ele nos ama mais ainda: quando as pessoas não nos amam. Porque quando criamos empecilhos e fazemos escolhas erradas muitas pessoas deixam de nos amar. Deus Pai nos ama quando menos merecemos, pois é o momento que nós mais precisamos.

Diante de nós Deus sempre vai à nossa frente, é Ele quem abre o caminho, porque Jesus mesmo diz “eu sou o caminho”, mas um caminho que não ilude, a fé nos leva a ver o que é, como é, por mais escondido que esteja de nós.

Para enxergarmos bem no espiritual precisamos de olhos especiais: olhos da fé. Quantos de nós repetimos para os outros “o essencial é invisível aos olhos” (Antoine de Saint-Exupéry). As coisas mais importantes da vida não são vistas pelos olhos, pois não vemos o amor. Para desfrutarmos o amor de uma pessoa temos que ter fé, mas claro que as atitudes demonstram o amor dessa pessoa, vemos as renúncias que ela faz por nós, assim como a saudade, que é a demonstração de que alguém faz falta.

Nós não vemos a estima, o afeto, que são coisas essenciais. Assim como amigos que foram grandes amigos em certos momentos de nossa vida e se afastaram, porque perderam a fé em nós.

A fé é assim, mostra as coisas essenciais que a própria vida vai escondendo. O essencial é que Deus está conosco neste dia, para não vacilarmos, não nos dobrarmos ao mal, para que o medo não nos domine, para que não entreguemos o domínio de nossas vidas aos outros, pois ninguém merece ser escravo das cosias do passado.

Percebamos a presença de Deus perto de nós, Ele está conosco para não vacilarmos, assim como quando estamos enfraquecidos procuramos algo firme para não cairmos no chão, Deus está ao nosso lado para não cairmos.

Nos momentos de deserto Jesus é a única fonte de salvação que vai nos permitir atravessar esse tempo sem que enlouqueçamos. E somente o que vemos pela fé pode nos ajudar a ver esse deserto. A alegria do nosso coração é saber que Deus abre caminho para nós, mas somente a fé pode nos fazer ver isso. A Palavra de Deus nos dá uma garantia: nos traz uma promessa que nos leva a descansar.

O segredo para resolver um problema não é esquecê-lo, mas sim enfrentá-lo. Quando uma pessoa leva uma vida honesta, ela fica sempre feliz no tempo presente e não fica pensando o que vai acontecer no futuro. A vida na carne é passageira, mas Deus não o é. De Deus nós saímos e para Ele nós voltaremos.

A presença do Espírito Santo nas nossas ações e na nossa vida nos enche de alegria, acreditar que tudo o que Deus fez para nós é muito mais verdadeiro do que tudo que conseguimos. Pensar no futuro não é algo que pesa no nosso coração, pois quando morrermos Deus nos libertará.

Façamos a vontade de Deus e o nosso coração estará tranquilo, ela [essa vontade de Deus] está no nosso coração e na nossa mente. O Senhor nos guiou e está nos guiando para uma vida eterna e hoje e Ele nos mostrará os caminhos para isso.



Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

Conversão de São Paulo


O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: "Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'. Saulo então diz: 'Quem és, Senhor?'. Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão'. Trêmulo e atônito, disse Saulo: 'Senhor, que queres que eu faça?' respondeu-lhe o Senhor: 'Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'".

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.

São Paulo de Tarso, rogai por nós!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Últimos dias para concurso do hino oficial da JMJ 2013


Faltam poucos dias para o término do concurso do hino da próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Os participantes tem até o dia 31 deste mês para enviar sua sugestão para a música que será cantada pelos jovens de todo o mundo no Rio de Janeiro, entre os dias 23 e 28 de julho de 2013.

A Comissão da JMJ Rio2013 decidiu que a escolha da logomarca e do hino oficial seriam selecionadas através de concurso, possibilitando que qualquer pessoa possa contribuir de maneira direta com a construção da Jornada. A logo já foi definida, mas seu anúncio deverá acontecer nos próximos meses.

De acordo com o edital do concurso, a "letra do Hino da Jornada Mundial da Juventude Rio2013 refletirá o rosto da juventude do Brasil e do mundo. Jovens animados que têm o sentido de sua existência em Jesus Cristo, que descobrem neste amor o que os faz sentirem-se plenamente realizados e felizes. Esta relação de amizade e intimidade com o Senhor convida-nos a um autêntico testemunho da fé, com coragem e criatividade. Por isso, participar do concurso que escolherá a letra do Hino Oficial da Jornada Mundial da Juventude, é deixar que este amor se torne concreto e seja capaz de contagiar a todos que ouvirem".

O regulamento do Concurso para a escolha da letra do Hino da JMJ Rio2013 e a ficha de inscrição estão disponíveis no site oficial da Jornada (www.rio2013.com). O material deve ser enviado para o Setor de Preparação Pastoral da JMJ Rio2013, que fica no 7º andar do edifício João Paulo II - Rua Benjamin Constant, 23, bairro Glória – RJ.

Dúvidas podem ser encaminhadas para o email: pastoral@rio2013.com.

São Francisco de Sales


Este santo nasceu no Castelo de Sales em 1567. Sua mãe, uma condessa, buscou formá-lo muito bem com os padres da Companhia de Jesus, onde, dentre muitas disciplinas, também aprendeu várias línguas. Muito cedo, fez um voto de viver a castidade e buscar sempre a vontade do Senhor. Ao longo da história desse santo muito amado, vamos percebendo o quanto ele buscou e o quanto encontrou o que Deus queria.

Mais tarde, São Francisco escreveu “Introdução à vida devota” e, vivendo do amor de Deus, escreveu também o “Tratado do amor de Deus”.

Atacado por uma tentação de desconfiar da misericórdia do Senhor, a resposta ele buscou com o auxílio de Nossa Senhora; por isso, foi dissipada aquela tentação. Estudou direito em Pádua, mas, contrariando familiares, quis ser sacerdote. E foi um sacerdote buscando a santidade não só para si, mas também para os outros.

No seu itinerário de pregações, de zelo apostólico e de evangelização, semeando a unidade e espalhando, com a ajuda da imprensa, a sã doutrina cristã, foi escolhido por Deus para o serviço do episcopado em Genebra. Primeiro, como coadjutor, depois, sendo o titular. Um apóstolo do amor e da misericórdia. Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.

Diz-se que, depois de sua morte, descobriu-se que sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor, sem mansidão para as pessoas.

É o fundador da Ordem da Visitação e também um exemplo para tantos religiosos como os salesianos de Dom Bosco. Eles são chamados assim por causa do testemunho de São Francisco de Sales.

Ele morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.

Peçamos a intercessão desse grande santo para que, numa vida devota e vivendo do amor de Deus, possamos percorrer o nosso caminho em busca de Deus em todos os caminhos.

São Francisco de Sales, rogai por nós!

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hóstia: O que a palavra lhe sugere?

Os cristãos adotaram a palavra hóstia para referir-se ao Cordeiro
 
Certa vez, pensando sobre o "Sacramento da Caridade", me fiz a seguinte pergunta: Por que será que costumamos associar "eucaristia" com "hóstia".

Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão (na festa de Corpus Christi), guardar a hóstia... Uma criança chegou certa vez para a catequista e perguntou: "Tia, quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?" (Referia-se à primeira comunhão).

Tive então a idéia de ir atrás da origem da palavra "hóstia". Corri para um dicionário (aliás, vários), e me dei conta que esta palavra vem do latim. Descobri que, em latim, "hóstia" é praticamente sinônimo de "vítima". Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim) chamavam de "hóstia". Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam de "hóstia". Ligada à palavra "hóstia" está a palavra latina "hóstis", que significa: "o inimigo". Daí vem a palavra "hostil" (agressivo, ameaçador, inimigo), "hostilizar" (agredir, provocar, ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma "hóstia".

Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra "hóstia", exatamente para referir-se à maior "vítima" fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado.

Os cristãos adotaram a palavra "hóstia" para referir-se ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico.

A palavra "hóstia" passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira: "Isto é o meu corpo entregue... o meu sangue derramado". O pão consagrado, portanto, é uma "hóstia", aliás, a "hóstia" verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito pão e vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei..., tomai e bebei...

Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra "hóstia" na liturgia do cristianismo romano primitivo, e se fixou quase que só na materialidade da "partícula circular de massa de pão ázimo que é consagrada na missa". A tal ponto de acabamos por chamar de "hóstia" até mesmo as partículas ainda não consagradas!

Hoje, quando falo em "hóstia", penso na "vítima pascal", penso na morte de Cristo e sua ressurreição, penso no mistério pascal. Hóstia para mim é isto: a morte do Senhor e sua ressurreição, sua total entrega por nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na missa, toda a assembléia canta: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus".

Diante desta "hóstia", isto é, diante deste mistério, a gente se inclina em profunda reverência, se ajoelha e mergulha em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido "como hóstia viva, santa, agradável a Deus" (Rm 12,1). Adorar a "hóstia" significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E comungar a "hóstia" significa assimilar o seu mistério na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si a serviço dos irmãos, hóstia.

E agora entendo melhor quando o Concílio Vaticano II, ao exortar para a participação consciente, piedosa e ativa no "sacrossanto mistério da eucaristia", completa: "E aprendam a oferecer-se a si próprios (grifo nosso) oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos" (SC 48).

Frei José Ariovaldo da Silva, OFM
Mestre em Sagrada Liturgia, prof. Inst Teológico Petrópolis

Santo Ildefonso


Nasceu no ano de 606, em Toledo, no dia 8 de dezembro. Um homem de oração, foi discernindo a vontade de Deus também nas perdas. Ficou órfão e, em meio aos bens que possuía, fez de tudo para a construção de um mosteiro para religiosos. Um homem de discernimento, que não quer dizer sem medo, sem dificuldades.

Os santos não foram super-homens, mas pessoas de carne e osso que foram se deixando transformar por Aquele que é o santo dos santos: Jesus Cristo. Ele que, pelo poder do Espírito Santo, opera maravilhas no coração que se abre.

Santo Ildefonso, um coração aberto para as vontades de Deus, mesmo contra a própria vontade. Aconteceu que o Bispo de sua localidade havia falecido e o povo o elegeu. Ele se escondeu num convento, mas foi descoberto e aceitou este grande serviço para o povo de Deus. Foi um grande instrumento de Deus e devoto da Santíssima Virgem.

Ele propagou a Festa da Expectação de Nossa Senhora, em 18 de dezembro – Nossa Senhora do Ó, como ficou conhecida. Fruto desse amor, ele recebeu a graça de uma aparição da Virgem Maria, chamando-o de “meu capelão” e presenteando-o com uma casula do céu. Assim diz o seu testemunho.

Um homem revestido de humildade, de vida, de oração na vida sacramental, por isso foi um grande pastor para o seu povo. Não evangelizou sozinho, pois os santos bem sabiam e continuam a saber o quanto nós precisamos uns dos outros para que a evangelização aconteça, para que muitos conheçam esse doce nome que tem nosso Senhor Jesus Cristo. Os santos foram aqueles que se consumiram pelo Evangelho para que muitos conheçam Jesus Cristo.

Santo Ildefonso, rogai por nós!

domingo, 22 de janeiro de 2012

O amor tem seu tempo

Sonhos são muito bonitos nas novelas; na vida real, os caminhos não são prontos
A urgência dos nossos dias nos faz pensar exatamente na urgência do amor. Quando o sentimento se faz presente entre duas pessoas é muito comum a necessidade imediata de dizer: “Eu te amo”.  Algumas pessoas dizem: “Que loucura! Isso não é amor”; outras afirmam: “Pra que esperar, eu amo e digo!”.

Avaliar nossos sentimentos e todas as implicações que ele envolve também nos faz pensar que os caminhos para o amor nunca são ou estão prontos, mas certamente, passam por nossa maturidade.

A maturidade biológica nem sempre está relacionada à maturidade psicológica. As expectativas dos pais nem sempre serão concretizadas nos desejos dos filhos. Da mesma forma, o que foi vivido no passado nem sempre será válido para as experiências atuais.

Os gregos diziam que amor é “uma questão de despertar para a vida” e, com isso, nem todos despertam ao mesmo tempo, nem esperam as mesmas coisas ou se satisfazem com as mesmas coisas.

Quando se acelera o processo do amor, muitas vezes, se “mata” esse sentimento. É por isso que as pessoas não podem se casar porque os pais delas se admiram, porque as famílias se dão bem ou porque o (a) namorado (a) tem ou não tem um status, ou um tipo de estudo.

Amor requer tempo, conhecimento, – reconhecimento do que gosto ou não –, das minhas limitações e da limitação do outro.
Amor é como uma construção: escolhe-se o terreno, as fundações e a base para que a obra seja realizada, os tijolos vão sendo colocados um a um, até que a casa seja coberta e todo o acabamento interior seja feito. Depois virão os jardins, os detalhes, os cuidados.

E é por isso que o amor não pode ser urgente: uma casa feita às pressas, com material de qualidade inferior, tende a cair antes do tempo. Imaginem se os tijolos desta casa, que é o amor,  forem assentados com areia e água?

Sonhos são muito bonitos nas novelas, mas, na vida real, os caminhos não são prontos. Os caminhos de um casal se fazem pela descoberta das alegrias e das tristezas que os dois podem viver. Estes se fazem ainda pela capacidade de reconhecer no outro aquele que me faz feliz, mas não apenas a única pessoa do mundo que me faz feliz, mas que me completa em parte da vida, que é muito mais do que apenas uma pessoa ou um único motivo.

“Quem quer o amor precisa dar tudo o que tem para possuí-lo (Mt 13,44)” e é por isso que o amor exige dedicação e decisão.

Se você ainda não está pronto para isso, pense se não é tempo de se autoconhecer para conviver com o amor, mas também não espere que esteja 100% pronto para vivê-lo, pois a perfeição não existe, ainda mais quando falamos de seres humanos.

E lembre-se: para tudo existe um tempo: amor, afetividade, sexualidade, cada um deve e precisa acordar em seu tempo, até mesmo para que as experiências fora do tempo e erradas não se tornem marcas negativas no futuro.
Foto Elaine Ribeiro
psicologia01@cancaonova.com

Elaine Ribeiro, Psicóloga Clínica e Organizacional, colaboradora da Comunidade Canção Nova.
Blog: temasempsicologia.wordpress.com
Twitter: @elaineribeirosp
 

São Vicente


Um santo amado e citado por muitos santos, como Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São Prudêncio e outros que trouxeram à tona o testemunho desse grande diácono e mártir da Igreja.

Nasceu na Espanha, em Huesca, no século terceiro. De uma família muito distinta e conhecida por todos, ele escolheu ser cristão e, assim, viver a santidade.

Vicente viveu num período muito difícil da Igreja. Um tempo em que Diocleciano e Maximiano – imperadores –, começaram a perseguir os cristãos e forçar muitos a se declararem a favor dos deuses; caso contrário, seriam martirizados. O santo de hoje foi um dos que fez a opção por Jesus.

Ele era um grande pregador da Palavra, mais do que isso, buscava viver a Palavra que pregava, esta que é, antes de tudo, Cristo Jesus, o Santo dos Santos, o nosso modelo, o nosso Senhor e Salvador. Diante das ameaças do governador Darciano, ele não recusou a se dizer cristão e fiel ao Senhor.

Os tormentos o perseguiram. Foi um martírio lento, sempre com o objetivo de vencê-lo para que Darciano se desse como herói diante do Cristianismo, mas também com o objetivo de levar São Vicente a renunciar a própria fé, a sacrificar aos deuses. Fiel a Deus e sustentado pela oração, diante de si ele tinha o seu grande amor: Deus. Sendo assim, ele for martirizado aos poucos, até mesmo levado à grelha, tendo seu corpo dilacerado, jogado numa prisão e, por fim, Darciano deixou-o num leito pedindo que cuidassem dele. Ali, sim, ele foi visitado por outros cristãos e entregou-se a Deus.

São Vicente tornou-se modelo para todos os cristãos e também padroeiro principal do patriarcado de Lisboa e também da diocese de Faro.

São Vicente, rogai por nós!

sábado, 21 de janeiro de 2012

Mensagem de Superação

O degrau de uma escada não serve simplesmente para que alguém permaneça em cima dele, destina-se a sustentar o pé de um homem pelo tempo suficiente para que ele coloque o outro um pouco mais alto.
 

Evangelho (Marcos 3,20-21)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 20Jesus voltou para casa com os discípulos. E de novo se reuniu tanta gente que eles nem sequer podiam comer. 21Quando souberam disso, os parentes de Jesus saíram para agarrá-lo, porque diziam que estava fora de si.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor. 

Seguir Jesus


 Ser membro de Cristo é ser membro comprometido com a comunidade
Nos Evangelhos, pode-se perceber a íntima relação entre o anúncio de João Batista e o anúncio de Jesus, que assume o caminho aberto pelo Batista, completando-o, como o caminho para a vida eterna em Deus. Na narrativa do Evangelho de João, a própria formação do discipulado em torno de Jesus se inicia entre os discípulos de João Batista.

Para os três primeiros discípulos, não há um chamado explícito, de forma sumária, como aparece nas narrativas de Marcos e Mateus. Nestas, às margens do Mar da Galileia, Jesus chama os discípulos que pescavam: ”Segui-me...”
Em João, a experiência do convívio com Jesus é que estabelece o vínculo do discipulado e leva cada discípulo a comunicá-la a outros. O breve diálogo que se estabelece é revelador: ”Que procurais?... “Mestre, onde moras?”... “Vinde e vede!” É doce o encontro com Jesus “onde ele mora”, isto é, na intimidade, na sua simplicidade e no seu acolhimento. Firma-se assim a vocação destes discípulos, que vão comunicá-lo a Pedro, que se faz também seguidor de Jesus.

A adesão a Jesus, Filho de Deus encarnado entre nós, se dá a partir de relações pessoais, em um processo comunitário. No Antigo Testamento, o chamado de Deus é feito em visões ou aparições individuais.
São Paulo usa as imagens dos membros do corpo e do templo para afirmar a unidade de todos em Cristo e a santidade do corpo. Pertencer a Cristo, ser membro de Cristo é ser membro da comunidade.

Ser membro de Cristo é ser membro comprometido com a comunidade, de corpo e espírito. A importância e a dignidade da corporeidade resultam da encarnação do Filho de Deus, pela qual o corpo, como mediador da solidariedade e da prática da justiça, é assumido na divindade. Seguir Jesus é anunciar ao que Ele pregou, viver como ele pregou e crescer sempre na busca de ouvir o que Ele tem a nos dizer. Vinde e vede!
Dom Eurico S. Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora (MG)
 

Santa Inês


Virgem e mártir, Santa Inês se deixou transformar pelo amor de Deus que é santo. Seu nome vem do grego, que significa pura. Ela pertenceu a uma família romana e, segundo os costumes do seu tempo, foi cuidada por uma aia (uma babá) que só a deixaria após o casamento.

Santa Inês tiva cerca de 12 anos quando um pretendente se aproximou dela; segundo a tradição, era filho do prefeito de Roma e estava encantado pela beleza física de Inês. Mas sua beleza principal é aquela que não passa: a comunhão com Deus. De maneira secreta, ela tinha feito uma descoberta vocacional, era chamada a ser uma das virgens consagradas do Senhor; e fez este compromisso. O jovem não sabia e, diante de tantas propostas, ela sempre dizia 'não'. Até que ele denunciou Inês para as autoridades, porque sob o império de Diocleciano, era correr risco de vida. Quem renunciasse Jesus ficava com a própria vida; caso contrário, se tornava um mártir. Foi o que aconteceu com esta jovem de cerca de 12 ou 13 anos.

Tão conhecida e citada pelos santos padres, Santa Inês é modelo de uma pureza à prova de fogo, pois diante das autoridades e do imperador, ela se disse cristã. Eles começaram pelo diálogo, depois as diversas ameaças com fogo e tortura, mas em nada ela renunciava o seu Divino Esposo. Até que pegaram-na e a levaram para um lugar em Roma próprio da prostituição, mas ela deixou claro que Jesus Cristo, seu Divino Esposo, não abandona os seus. De fato, ela não foi manchada pelo pecado.

Auxiliada pelo Espírito Santo, com muita sabedoria, ela permaneceu fiel ao seu voto e ao seu compromisso; até que as autoridades, vendo que não podiam vencê-la pela ignorância, mandaram, então, degolar a jovem cristã. Ela perdeu a cabeça, mas não o coração, que ficou para sempre em Cristo.

Santa Inês tem uma basílica que foi consagrada a ela no lugar onde foi enterrada.

Santa Inês, rogai por nós!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Mensagem

Quando alguém encontra seu caminho, precisa ter
coragem suficiente para dar passos errados.
As decepções, as derrotas, o desânimo são
ferramentas que Deus utiliza para nos mostrar a
estrada. Tenha uma excelente tarde!

Jesus nos cura com Seu Corpo e Seu Sangue

Jesus nos deixou esta grande promessa: “Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele” (Jo 6,56).

Em cada celebração da Santa Missa, em cada comunhão, Jesus faz uma “transfusão de sangue” em nós. É o Seu Corpo e o Seu Sangue que invadem o nosso organismo, atingindo todo o nosso corpo e chegando às nossas enfermidades.

Inúmeras curas físicas e espirituais se dão pela Eucaristia, restaurando a nossa fé. Este é o presente de Jesus: Ele nos cura com Seu Corpo e Seu Sangue, que recebemos em cada comunhão.

Viva cada instante da Santa Missa com intensidade, especialmente o momento da consagração. Olhe para a hóstia consagrada como se você estivesse olhando para a Pessoa de Jesus, porque realmente Ele está ali.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

São Sebastião


O santo de hoje nasceu em Narbonne; os pais eram oriundos de Milão, na Itália, do século terceiro. São Sebastião, desde cedo, foi muito generoso e dado ao serviço. Recebeu a graça do santo batismo e zelou por ele em relação à sua vida e à dos irmãos.

Ao entrar para o serviço no Império como soldado, tinha muita saúde no físico, na mente e, principalmente, na alma. Não demorou muito, tornou-se o primeiro capitão da guarda do Império. Esse grande homem de Deus ficou conhecido por muitos cristãos, pois, sem que as autoridades soubessem – nesse tempo, no Império de Diocleciano, a Igreja e os cristãos eram duramente perseguidos –, porque o imperador adorava os deuses. Enquanto os cristãos não adoravam as coisas, mas as três Pessoas da Santíssima Trindade.

Esse mistério o levava a consolar os cristãos que eram presos de maneira secreta, mas muito sábia; uma evangelização eficaz pelo testemunho que não podia ser explícito.

São Sebastião tornou-se defensor da Igreja como soldado, como capitão e também como apóstolo dos confessores, daqueles que eram presos. Também foi apóstolo dos mártires, os que confessavam Jesus em todas as situações, renunciando à própria vida. O coração de São Sebastião tinha esse desejo: tornar-se mártir. E um apóstata denunciou-o para o Império e lá estava ele, diante do imperador, que estava muito decepcionado com ele por se sentir traído. Mas esse santo deixou claro, com muita sabedoria, auxiliado pelo Espírito Santo, que o melhor que ele fazia para o Império era esse serviço; denunciando o paganismo e a injustiça.

São Sebastião, defensor da verdade no amor apaixonado a Deus. O imperador, com o coração fechado, mandou prendê-lo num tronco e muitas flechadas sobre ele foram lançadas até o ponto de pensarem que estava morto. Mas uma mulher, esposa de um mártir, o conhecia, aproximou-se dele e percebeu que ele estava ainda vivo por graça. Ela cuidou das feridas dele. Ao recobrar sua saúde depois de um tempo, apresentou-se novamente para o imperador, pois queria o seu bem e o bem de todo o Império. Evangelizou, testemunhou, mas, dessa vez, no ano de 288 foi duramente martirizado.

São Sebastião, rogai por nós!

sábado, 10 de dezembro de 2011

São Melquíades


Hoje nos deixamos atingir pela santidade de vida de um Papa que buscou no Pastor Eterno e Universal toda a graça que necessitava para ser fiel num tempo de transição da Igreja. São Melquíades, de origem africana, fez parte do Clero Romano, até que em 310 faleceu o Papa Eusébio e foi eleito sucessor de São Pedro.

No período de seu governo, Melquíades sofreu com a perseguição aos cristãos pelo Imperador Máximo. Esta perseguição só teve um descanso quando Constantino venceu Máximo na histórica batalha em Roma (312) a qual atribuiu ao Deus dos cristãos. Com isto, surgiu o Edito de Milão em 313, concedendo a liberdade religiosa; assim, São Melquíades passou do Papa da perseguição para o Papa da liberdade dos cristãos.

Durante os quatro anos de seu Pontificado, as piores ameaças nasceram no interior da Igreja com os hereges. São Melquíades foi grande defensor da Fé, por isso combateu principalmente o Donatismo, que contestava a legitimação da eleição dos ministros de Deus e fanaticamente se substituía a qualquer autoridade.

Aproveitou Melquíades, a liberdade religiosa para organizar as sedes paroquiais em Roma e recuperar os bens da Igrejas perdidos durante a perseguição. São Melquíades através da Eucaristia semeou a unidade da Igreja de Roma com as demais igrejas. Entrou no céu em 314 e foi enterrado na Via Ápia, no cemitério de Calisto. Do Doutor Santo Agostinho, São Melquíades recebeu o seguinte reconhecimento: "Verdadeiro filho da paz, verdadeiro pai dos cristãos".


São Melquíades, rogai por nós!

domingo, 4 de dezembro de 2011

São João Damasceno



Lembramos São João Damasceno, um santo Padre e Doutor da Igreja de Cristo. Nasceu em 675, em Damasco (Síria) num período em que o Cristianismo tinha uma certa liberdade, tanto assim que o pai de João era muito cristão e amigo dos Sarracenos, que naquela época eram senhores do país. Esta estima estendia-se também ao filho. Os raros talentos e merecimentos deste levaram o Califa a distingui-lo com a sua confiança e nomeá-lo prefeito (mansur) de Damasco.

João Damasceno ainda jovem e ajudante do pai gozava de muitos privilégios financeiros, mas ao crescer no amor ao Cristo pobre, deu atenção a Palavra que mostra a dificuldade dos ricos (apegados) para entrarem no Reino dos Céus. Assim, num impulso para a santidade, renunciou todos os bens e deu aos pobres. Preferiu São João uma vida de maus tratos ao se entregar as "delícias venenosas" do pecado. 

Retirou-se para um convento de São Sabas perto de Jerusalém e passou a viver na humildade, caridade e alegria. Escreveu inúmeras obras tratando de vários assuntos sobre teologia, dogmática, apologética e outros campos que fizeram de São João digno do título de Doutor da Igreja. Com escritos defendeu principalmente a Igreja contra os iconoclastas, que condenavam o uso de imagens nas Igrejas. 

Certa vez, os hereges prenderam São João e cortaram-lhe a mão direita a fim de não mais escrever, mas por intervenção de Nossa Senhora foi curado. Seu amor a Mãe de Jesus foi tão concreto que foi São João quem tornou presente a doutrina sobre a Imaculada Conceição, Maternidade divina, Virgindade perpétua e Assunção de corpo e alma de Maria. Este filho predileto da Mãe faleceu em 749, quase centenário. 

Foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Leão XIII em 1890.


São João Damasceno, rogai por nós!